segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Sósias por todo lugar

Alguma vez na sua vida já te pararam na rua e te chamaram por um nome que não era o seu e começaram uma conversa bem animada como se te conhecessem? Ou falaram que você parece muito com uma amiga ou conhecida? Pois é, comigo acontece o tempo todo. Eu sempre falo que eu devo ter um rosto muito comum ou tenho irmãs-gêmeas espalhadas por todo canto e nunca nos encontramos.



Certo dia eu tinha acabado de sair da missa com meu namorado da época e fomos lanchar numa creperia perto de casa. Depois que fizemos os nossos pedidos, sentamos numa mesa e ficamos aguardando os crepes. E comecei a observar que uma mulher ficava me olhando e fazendo comentários com uma outra moça ao lado, achei que era impressão minha e continuei a conversar com meu namorado. Mas passando um certo tempo a mulher não parava de encarar e falar com a amiga ao lado, então, Ju sem filtro que eu sou, eu levantei do meu lugar fui até a mulher e perguntei se estava acontecendo alguma coisa. A mulher levantou me deu um abraço e falou "Oi Amanda, eu estava aqui falando com a Patrícia e estávamos tentando saber se era você ou não ali com aquele moço". Amanda? "Ah meu nome não é Amanda vocês estão me confundindo", o bom disso tudo é que as pessoas que me confundem com outra pessoa sempre querem provar que eu sou a outra pessoa então, uma delas falou "Você não é a Amanda da Igreja Evangélica "tal", irmã de "Fulana"? respondi que não era e veio um "tem certeza?", falei que meu nome era Juliana e era Católica então não podia ser eu. E uma delas me solta "mas a gente estava com você lá na igreja agorinha", então respondi que não era eu e uma delas "meu Deus mas você é muito parecida com ela, desculpa o engano". Fui para a minha mesa e as duas mulheres ainda ficaram me olhando um tempo sem acreditar que eu não era a tal Amanda.

Indo embora da Faculdade, na época estudava na UCB, um cara me para na saída do portão gritando um "ei, peraí, era você no meu carro ontem. Cadê seu namorado ele está me devendo". Pensa num susto que eu levei na hora, eu olhei para o cara tentando entender quando foi que entrei no carro dele no dia anterior e como eu podia não me lembrar disso. "Moço eu não estava no seu carro ontem" e ele bem alterado começou a falar "claro que você estava, eu dei uma carona para você e o seu namorado não lembra? Aonde está seu namorado? ele está me devendo" e eu não conseguia entender a história então perguntei aonde ele tinha me dado a tal carona e ele disse que tinha sido na Ceilândia na parte da tarde e eu tentei explicar que nunca tinha ido na Ceilândia e muito menos pegado uma carona com ele e que morava no Valparaíso tanto eu quanto o meu namorado. E quem disse que o homem acreditava? "eu tenho certeza que era você, eu te dei carona ontem com seu namorado" então eu falei que ele estava me confundindo com alguém e que eu nunca tinha estado na Ceilândia e que eu precisava ir embora senão ia perder o ônibus para casa. E o cara ficou me encarando até eu atravessar a pista, que medo gente.

Chegando no salão de festas do casamento da minha irmã eu fui recepcionada por um garçom muito alegre e sorridente que veio correndo na minha direção falando "Mariana menina, o que que você está fazendo aqui? Olha que coincidência te encontrar", eu não tinha entendido muito bem o nome que ele havia me chamado então perguntei se a gente se conhecia de algum lugar e ele "menina, como assim se a gente se conhece de algum lugar? Sou eu, tio Mário, amigão do seu pai", eu dei uma risadinha para não deixá-lo sem graça e disse que não sabia quem ele era, então ele perguntou qual era o meu nome, e respondi "meu nome é Juliana, sou irmã da noiva", ele fez uma cara de espanto e perguntou "Ué, você não é a Mariana" então garanti para ele que não me chamava Mariana e sim Juliana e saiu um "meu Deus mas como você se parece com a Mariana" e minha mãe veio chegando e perguntou se estava acontecendo alguma coisa e falei do engano e começamos a rir.

E isso é em todo lugar, várias vezes pessoas pararam na rua para conversar comigo e eu não fazia mínima ideia de quem eram essas pessoas. E o pior é que você não sabe se não conhece ou se não ta lembrando da pessoa ou se a pessoa te conhece de algum encontro que você já trabalhou então, eu para não ser indelicada ou dar na cara que não conheço a pessoa que talvez me conheça entro no papo. A não ser que a pessoa me chame pelo nome errado aí eu sei que está tendo uma confusão mesmo. Mas como você pode ter certeza de que não conhece a pessoa se ela te vê na rua, grita um "Oi", sai correndo para te abraçar seguido da pergunta "como você está? que bom te ver" mas não fala um nome? É claro que você vai responder que está bem e perguntar o mesmo para a pessoa e depois sua mãe vai virar e te perguntar "quem é minha filha?" e é claro que eu vou responder "não faço a mínima ideia mãe" e a vida segue em frente, porque isso acontece o tempo todo comigo.



Agora por favor sósias façam com que seus namorados fiquem em dia com suas dívidas porque é meio assustador ser abordada por um cara que você nunca viu na vida, gritando e dizendo que tinha me dado uma carona e que meu namorado estava devendo, muito assustador mesmo.      

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